O erro mais comum,
cometido pela maioria das pessoas
em relação ao “furúnculo”,
é espremê-lo.
“Saiba que quanto menos traumatismo você ocasionar, melhor”.
O ideal é resistir à tentação de espremer,
e esperar que o “dito cujo” se esvazie (por assim dizer)
do pus,
naturalmente.
Mas e o etilômetro (vulgo bafômetro);
qual a sua ligação com tal “perturbação corpórea”?
Bem,
fazendo uma analogia,
posso dizer que
o etilômetro está infeccionado pelo “falso positivo”!
Mas que é o “falso positivo”?
Por vezes o “etilômetro” pode mostrar um resultado,
e este não indicar necessariamente que a pessoa testada,
tenha ingerido bebida alcoólica (contendo etanol)…
Não é fácil encontrar um terreno comum nesse confronto,
mas permitam-me tentar.
Certas substâncias são muito parecidas com o “etanol”
(elas são substâncias químicas com estruturas moleculares similares àquelas encontradas no etanol),
mas o “etilômetro”,
não consegue detectar a “sutil diferença” entre elas.
Entenderam!?
Vou auxiliar com o exemplo:
– Nunca ocorreu de você achar que a certa distância era uma determinada pessoa que você estava vendo, mas que ao se aproximar, você deparou-se com outra diferente da que você imaginava?
(Você então simplesmente diz que eram muito parecidas).
Mas veja,
você se enganou;
não era a pessoa que você realmente achava que era.
Pois bem,
o “etilômetro” também pode cometer o mesmo equívoco…
E ao achar que é,
ele eletronicamente oferta até a quantidade do erro.
E assim,
registra o equívoco cometido…
…mas não era o etanol.
E em outras situações
é o “etanol sim” que o “etilômetro” identificou, mas…
… e o “mas” é decisivo aqui.
Este etanol não veio de bebida alcoólica não…
…ele pode estar presente em outras substâncias que você ingeriu, ou aparecer em seu organismo oriundo de um processo orgânico secundário.
E como a função do “etilômetro” é só identificar o “etanol”,
e não dizer de onde ele é proveniente,
ocorre outro equívoco.
E assim,
você não tomou bebida alcoólica,
mas têm etanol no organismo.
Bingo…
…e o “etilômetro” NÃO esclarece a diferença.
Nestes casos,
os resultados são ditos “FALSOS POSITIVOS”…
…quando o aparelho mostra que tem etanol ou outra substância muito parecido com o etanol,
no ar expirado dos alvéolos pulmonares do condutor.
Mas como quem interpreta é um humano (a autoridade fiscalizadora, e este é limitado para estas análises microscópicas),
ele afirma que o etanol detectado pelo aparelho
é proveniente de uma bebida alcoólica.
(E por vezes pode ser falsa esta afirmação).
Saibam que,
onde há conhecimento parcial,
há controvérsia.
E a culpa é de quem?,
Outra dúvida que paira nos testes do “etilômetro”,
se refere às características orgânicas peculiares de cada indivíduo (condutor) testado…
Salientaremos algumas:
– o seu metabolismo (reações próprias do seu organismo).
– o sexo,
– a etnia,
– a tolerância individual a bebidas alcoólicas,
– a idade,
– a habitualidade (qual a frequência que ingere bebidas alcoólicas),
– o seu peso,
– a sua alimentação,
– você ter praticado esforço físico,
– ter fumado,
– e o seu estado emocional…
… e ainda existem muitos outros fatores!
Estas variáveis descritas anteriormente podem,
ao menos em tese,
alterar os resultados dos testes feitos nos “etilômetros”.
Também a “equipe” de operação dos testes
e o próprio “equipamento”
são suscetíveis de questionamentos.
A norma diz que os operadores deverão ser bem treinados para operar o equipamento e,
se necessário,
acompanhar cursos de reciclagem periódicos sobre o mesmo.
Isso ocorre?
E em caso afirmativo,
quais as instituições que promovem estas reciclagens?
Ainda sinto “arrepios” ao me lembrar disso…
Outro quesito,
é que cada equipamento deverá ser calibrado de acordo com normas estabelecidas pelo fabricante e,
essa calibração deverá ser realizada com sistemas especiais,
e em prazos rígidos.
Sinto estar tentando extinguir esse incêndio com gasolina!
Mas,
os equipamentos eletrônicos podem apresentar falhas em seu funcionamento
e na sua utilização se não forem devidamente fiscalizados.
Falei algum absurdo?
E como estes inconveniências são tratadas?
Portanto,
existem inúmeros determinantes nos resultados
que podem ser obtidos pelos “etilômetros”,
os quais podem gerar interpretações incorretas.
Diante das consequências de cunho administrativo e penal advindas desses resultados,
todas as possíveis interferências devem ser eliminadas ou minimizadas,
para que sejam evitadas punições indevidas.
E neste item, esse procedimento, porém, é um falso amigo.
Faz-se crer que o poder público esteja em luta silenciosa…
… em luta silenciosa entre o revelar e o ocultar.
E o tema tem sido assunto raramente debatido e,
devido à falta de melhores informações a respeito,
por vezes motoristas de fato culpados têm sido inocentados;
ou ocorre o inverso…
É a insensatez grudando-se a nós
como uma ostra,
com alguns poucos erros benignos.
O assunto no Brasil é deficitário
e requer uma maior atenção dos centros de pesquisa sobre o tema,
para que haja uma elucidação mais consistente
e não tão leiga,
pois do contrário estaremos diante de um ruidoso fracasso.
As instituições universitárias e públicas que deveriam intervir no tema,
simplesmente agem como se não tivessem consciência do fato.
Tais conhecimentos
precisam sim,
ser trazidos à luz.
Devemos exigir que os “órgãos responsáveis” cavem mais fundo
para descobrir-se a verdade!
Outra questão a observar
é o “exército de pessoas” sem a devida habilitação,
que fazem testes com produtos do cotidiano (bombom de licor, enxaguante bucal…)
e que não apresentam o devido conhecimento das metodologias,
da realização destes testes.
Traduzem seus resultados deficitários sem “aval” científico,
originando uma infinidade de informações não idôneas,
mas que se tornam verdadeiras
pelo fato de ainda estarmos em uma sociedade
sem conhecimento razoável quanto ao tema.
São novatos que se lançam com ingenuidade,
até mesmo com pretensão,
num tema que só é simples na aparência.
E assim o mistério persiste,
fazendo verdadeiros juízos,
com que nem todos
hão de concordar.
Mas creio que aos poucos,
o garrote da irresponsabilidade
irá se apertar,
matando quase sem dor
e com misericórdia
todo este vespeiro.
Então diria,
que também seria interessante e prudente,
evitar dirigir seu veículo,
quando o seu organismo estiver acompanhado
de certas outras incógnitas,
como:
– xaropes e sprays (para asma, antitosse, mau-hálito, expectorantes, descongestionante nasal…);
– sucos de frutas mal acondicionados;
– enxaguante bucal;
– medicamentos homeopáticos e fitoterápicos.
– bombom de licor;
– estando com hipoglicemia ou em jejum prolongado;
– sendo diabético metabolicamente descompensado;
– quando toma regularmente certos medicamentos (pergunte ao seu médico);
– e usando perfumes com diluentes alcoólicos..
E que na dúvida,
a sua confiança venha sempre com uma pitada de desconfiança…
…que você repense,
e não dirija.
Bem,
e quanto a analogia inicial
que dizia,
que o etilômetro estava infeccionado pelo “falso positivo”?
Quanto a isso
sinceramente,
não quero estar por perto,
quando a “verdade”
expelir naturalmente com sua instintiva repugnância,
toda estas variáveis repulsivas,
na sociedade.
E assim,
mantive-me o mais fiel possível
no que relatei.
Mas creiam…
… eu não estava contente
com a minha educação,
por reter estas informações.
E você?