“AIRBAG” (Rápido, simples e preciso)

airbag

Este dispositivo faz com que certas substâncias específicas,
reajam e explodam instantaneamente.
(Tal qual o desejo de qualquer estudante quando se fala em Química)

A reação gera o gás nitrogênio, N2,
suficiente para encher uma “bolsa” (que pode ter entre 60 a 90 litros de capacidade),
em apenas 0,03 segundos.

A velocidade com que o gás formado se expande
é de aproximadamente 300 km/h…
…coisas com as quais os cidadãos convencionais jamais sonharam.

Empurrada pela expansão do gás,
a capa se abre em diversas partes a partir do centro,
como um botão de rosa que desabrocha.
(Poesia também tem seu lugar aqui).

Essa capa é feita de um plástico especial que tem de 2 a 3 mm de espessura
e ainda pequenos sulcos de 0,5 cm.

São estes sulcos que garantem que o material romperá nos locais desejados
e que nenhum pedaço de plástico atingirá o passageiro.

Então,
o “airbag” começa a esvaziar para, só então,
absorver o impacto do corpo.

Isso porque o choque contra um “airbag” em processo de inflação (encher)
seria tão ruim quanto bater no painel,
caso permanecesse cheio.

O esvaziamento é feito através de furos posicionados na parte de trás
ou na lateral da bolsa.

No momento em que o “airbag” abre,
percebe-se a presença de uma nuvem de pó branco no interior do carro…
…esse pó nada mais é
do que o talco usado para evitar que as outras dobras de nylon
grudem e dificultem a abertura
em caso de acidente.

Quando completamente inflado
o “airbag” tem o diâmetro similar
ao de uma “bola de praia” grande.
(Uuuuaaaahh!)

O “airbag” do passageiro pode ser de 2 ou 3 vezes maior,
já que a distância entre o passageiro e o painel
é muito maior do que entre o motorista e a direção do veículo.

MAS COMO ESTES DISPOSITIVOS (SENSORES) SÃO ACIONADOS?

– Bem, aqui entramos nos segredos comerciais…
…onde a moral é adoentada,
fraca e atrofiada.

Mas daremos algumas opções (estas baseadas no que dizem os especialistas):

a) variação brusca da velocidade (desaceleração) do automóvel quando do momento da colisão.
(É a minha predileta).
Os sensores de batida estão localizados na frente do veículo e/ou no compartimento de passageiros. É comum pensar que o equipamento é acionado quando ocorre a batida;
mas o sistema funciona a partir da variação brusca da velocidade.
A colisão gera uma desaceleração violenta,
e é isso que aciona o sensor.
Este identifica quando a velocidade varia de pelo menos 20 km/h em um curto espaço de tempo – como em uma colisão e aí…
…pronto,
ele dispara.

b) o choque na batida;

c) o peso dos ocupantes e

d) o ângulo da batida,

…são outras metodologias que acionam o dispositivo.
(Espero não haver pronunciado alguns “monstros folclóricos”)

A primeira patente de um dispositivo
capaz de diminuir o impacto de aterrissagens forçadas de aviões,
foi requerida durante a 2ª Guerra Mundial.

O primeiro “airbag” foi instalado na Classe “S” da Mercedes em 1980.

Desde 1980 todos os carros novos vendidos nos EUA tem “airbag” como obrigatório.

O “airbag” pode machucar quem está muito perto dele.
(A zona de risco são os primeiros 5-8 cm de inflação).

A perfeita margem de segurança está
em o motorista ficar a 25 cm do local do “airbag”.
(Seria aconselhável andar sempre com a régua)… risos.

E QUAIS OS DANOS PROVÁVEIS OCASIONADOS PELO “AIRBAG”?

Sem despertar sentimentos ainda mais animosos, oportunizo uma enxurrada de malefícios…

Ferimento superficial da pele, hematomas, dano à audição (devido ao barulho da expansão), lesões na cabeça, dano aos olhos – para pessoas que utilizam óculos (mas alguns especialistas dizem que essa história que o “airbag” machuca o rosto de quem usa óculos é mito), quebrar o nariz, dedos, mãos e braços.

Para minimizar a chance de se machucar,
algumas empresas já desenvolveram “airbags” que conseguem interpretar o quanto devem encher
a partir do peso do passageiro.

Outra novidade é fazer que a tampa do compartimento (onde está desarmado o “airbag”)
seja arremessada em direção ao teto,
e não para cima do passageiro.

Eles podem matar também…
(Isto é, ser sinônimo do último passeio)

A primeira morte ocasionada por “airbag” foi em 1990…

Em 1997 foram 53 mortes…
… e em 2005 morreram 2 crianças.

Atualmente, as estatísticas mostram que o “airbag”
reduz em 30% o risco de vida
em uma colisão frontal direta.
(Isto não significa que você possa correr riscos e tentar coisas novas)

Além dos “airbags” duplos,
muitos carros têm de 6 ou 8 “airbags”.
(Existem carros com “airbag” no interior do encosto e da porta)

ALGUNS CUIDADOS:

– a utilização do cinto de segurança é fundamental,
pois também serve para diminuir a aceleração do corpo e os efeitos do impacto.
Sem o uso do cinto,
a violência da batida é toda aplacada pelo “airbag”.
O impacto com o “airbag” nunca é confortável,
e sem o cinto, se torna pior.

– o motorista deve manter as mãos na extremidade do volante,
para que o “airbag” possa abrir sem dificuldades – essa postura deve ser mantida mesmo em curvas -,
quando muitos condutores cruzam os braços.
Se o acidente for nesse momento,
o “airbag” pode causar lesões leves.

– os caronas não devem colocar os pés sobre o painel
pois além de dificultar a abertura do compartimento,
a expansão da bolsa pode causar ferimentos no passageiro que estiver com as pernas no caminho da inflagem (encher) do “airbag”.

– cuidado para coisas no colo, nas mãos e na boca dos ocupantes do veículo.

– não se deve colocar adesivos ou quaisquer materiais que dificultem a abertura do compartimento do “airbag”.

– qualquer tipo de manutenção no sistema de “airbags”
deve ser feito em oficina credenciada pelo fabricante.

– o “airbag” só funciona uma vez,
e após acionado precisa ser substituído, o que,
muitas vezes implica na troca de outras peças do painel, do volante etc.

– a maioria das unidades de diagnóstico do “airbag”
contém um dispositivo que armazena uma quantidade suficiente de energia elétrica para ativar o “airbag”.
(Para o caso de a bateria do veículo ser destruída no início da colisão)

– o “airbag” tornou mais perigoso o trabalho de bombeiros, equipes médicas e policiais,
pois podem detonar um longo período depois da colisão,
lesando ou até mesmo matando alguém da equipe de resgate como,
quem está dentro do veículo.

A adição de “airbags” de impacto lateral nos carros reduziu o número de locais nas quais as equipes de resgate podem utilizar o “alicate hidráulico”,
ou outra ferramenta de corte semelhante
para remover o teto ou portas do carro com segurança.

Cada socorrista deve ser treinado corretamente para desativar os “airbags” com segurança
ou estar consciente dos riscos em potencial.

Remover a bateria do carro pode ser uma boa precaução…
…alguns sistemas podem apresentar também uma chave liga/desliga,
que permite a desativação do “airbag”.

– já existem “airbags” para motociclistas
e também para pedestres.

– os “airbags” possuem prazo de validade,
que fica em torno de 10 anos,
e precisam de revisão periódica.

– ao comprar um carro usado
é recomendável que seja feita uma revisão completa
neste sistema de segurança.

NO BRASIL

Começou a valer desde 1º janeiro de 2014 a obrigatoriedade,
de que todos os carros novos,
tenham “airbag” e freios ABS.

A medida vale para o “zero quilômetro” fabricado a partir deste ano,
porém continua permitida a circulação de carros de outros anos
que não possuam os equipamentos.

Automóveis novos deverão sair de fábrica com “airbag” duplo frontal
(um para o motorista e outro para o ocupante do banco da frente),
e o sistema de freios ABS,
que evita o travamento das rodas em frenagem mais brusca.

Esses itens não poderão ser vendidos como opcionais,
quando se paga uma quantia a mais para tê-los…
… mas podem ser vendidos à parte
outros tipos de “airbag”, como de “cortina”, “de joelho” etc.

A lei põe fim a modelos que não tinham como receber “airbag” e o ABS
ou cujo preço mudaria muito com a inclusão desses itens.

É o caso da “Kombi” e do “Gol G4” (antiga geração) da Volkswagen, e do “Fiat Mille” (antigo Uno).

O Gol G4 deverá ser substituído pelo “Up”!

Acho que por hoje é só…
…esperando que os tenha levado
à direção do esclarecimento…
(Ainda que não totalmente)

ACésarVeiga