Não seja um Invasor do Espaço

Antes de entrar no carro para ir ao trabalho ou viajar com a família, saiba que sua vida corre risco. Não se trata de exagero ou sensacionalismo, mas de uma constatação. O Brasil contabiliza todos os anos mais de 30 mil mortos em acidentes de trânsito. E a maior responsabilidade por esse cenário caótico é do próprio motorista. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% dos acidentes acontecem por falha humana.

Falta de atenção está em primeiro lugar entre as causas presumíveis de acidentes. À distração somam-se: excesso de velocidade, não manter a distância segura do carro da frente, ingestão de bebidas alcoólicas, desobediência à sinalização e ultrapassagem indevida. O cansaço é um dos vilões que alimentam essa falta de atenção. “Dirigir por horas causa desgaste muscular e a fadiga afeta a noção cognitiva e o senso perceptivo do motorista”, diz Marcos Pirito, Diretor Científico da Associação Paulista de Medicina de Tráfego.

Nesse ranking dos maiores causadores de acidentes, outro campeão é o sono – embora pouca gente admita que cochilou ao volante. Um piscar de olhos ou uma distração de segundos põe em risco sua vida e a dos outros. E aí muita gente vira estatística. Exatamente como as que usamos aqui para mapear os tipos e as causas mais freqüentes de acidentes nas estradas do país.

Engavetamento

Falta de atenção e distânciacurta entre carros causamcolisões múltiplas

Tempo de frear

Quando o motorista aciona o freio, o carro não pára imediatamente. Existe aí a distância de frenagem – o tempo que o carro percorre até que o movimento cesse definitivamente. Quanto maior a velocidade, maior a distância que se deve manter do carro da frente. Em algumas rodovias, há marcações no chão para que o motorista calcule essa distância.

Distração assassina

O engavetamento é relacionado à falta de atenção – campeã nas causas de acidentes. Um motorista se distrai (vai trocar o cd ou atender o celular, por exemplo) e bate no carro da frente, que com o impacto bate em outro veículo. Quem vem atrás e não mantém uma distância segura também corre o risco de fazer parte da maçaroca de automóveis.

Como calcular a distância segura

Mesmo sem a sinalização específica, é fácil calcular a distância segura entre dois carros numa rodovia. Marque um ponto fixo na estrada. Quando o carro da frente passar por lá conte “mil e um, mil e dois, mil e 3”, assim como fazem os pára-quedistas depois do salto, antes de abrir o pára-quedas. Se o seu próprio carro passar pelo ponto antes de a contagem terminar, você deve aliviar o pé para que o carro da frente se afaste.

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A indústria da multa. Mito ou verdade?

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Possuo grandes preocupações, e destas,

manifesto “uma” com mais frequência.

É o uso disseminado da frase:
– A “Indústria da multa”;
(Que confio não ser absolutamente correta)

Consciente da quantidade enorme de condutores,
que desrespeitam as normas de trânsito – tanto nas vias públicas como nas estradas,
rotulo esta rebelião de legítima e autêntica “crendice popular”.

E assumindo a liberdade da vontade, pergunto ao leitor:

– De que maneira o “agente fiscalizador” pode alterar o valor da velocidade que aparece digitalmente – após focalizar seu veículo -, no equipamento denominado “radar”?
(Também sabemos que eles devem ser constantemente aferidos)

– Que procedimento o “agente fiscalizador” usaria para trocar uma placa de sinalização na via, onde se identifica “permitido estacionar” para “proibido estacionar”, em instantes…
…(enquanto você vai à farmácia, por exemplo)?

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Simulação de direção veicular no Brasil: Fundamentação teórica e pedagógica

simulador de direção

Introdução: A tarefa de ir e vir é global e uma das mais comuns do ser humano, sendo também uma das mais complexas e perigosas. Uma parcela dos deslocamentos humanos é realizada por meio da condução de um veículo, tarefa esta que exige uma série de funções sensoriais, cognitivas, motoras e perceptivas. Isso influencia significativamente o processo de habilitação dos condutores no Brasil que vem sendo atualizado com o passar dos anos em diversos assuntos, dentre eles, a formação dos futuros motoristas usando o Simulador de Direção Veicular (SDV) como recurso didático-pedagógico.

Objetivo: Apresentar a fundamentação teórica e pedagógica da utilização do simulador de direção no processo de formação de condutores no Brasil.

Materiais e Métodos: Pesquisa bibliográfica, baseada em uma revisão integrativa da literatura e da legislação específica, pertinentes à utilização da simulação como procedimento didático-pedagógico para os alunos em processo de formação de condutores.

Resultados e Discussão: Um Simulador de Direção Veicular (SDV) é um equipamento com características parecidas com a de um veículo pelo qual o condutor controla e conduz o movimento através de cenários projetados em telas à sua frente por meio de softwares específicos e o seu grau de complexidade está ligado aos objetivos propostos pelo estudo ou treinamento. A discussão em torno desse tema nos leva a analisar um dilema interessante sobre como oferecer a experiência da condução do veículo aos futuros motoristas sem aumentar significativamente os riscos. Estudos internacionais realizados desde a década de 1920 apontam a simulação como uma alternativa para este dilema, uma vez que a exposição às situações de tráfego pode ser simulada de forma repetitiva, controlada, sem oferecer riscos e aprimorando as aptidões dos alunos antes de irem para a prática de direção no veículo.

Conclusão: Embora o conceito e sua fundamentação legal estejam claros e incisivamente estabelecidos, as reflexões em torno dos fundamentos teóricos e pedagógicos ainda são recentes no país e carecem maior atenção para o alcance dos objetivos esperados.

Fonte: Roberta Torres1

Mestre em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência. Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Belo Horizonte, MG – Brasil. Pós-graduada em Gestão, Segurança e Educação para o Trânsito pela Universidade Cândido Mendes – UCAM. Rio de Janeiro/RJ – Brasil.
Resumo aprovado para ser apresentado no 2º Congresso Brasileiro da Associação Nacional dos DETRANs. Salvador 26 e 27 de abril de 2017. Submetido em: 20/12/2016. Aprovado em 22/03/2017.

O MELHOR é ser MOTOQUEIRO?

motoqueiro

Ontem na sinaleira, lado a lado, duas motos frearam respeitando o sinal de “pare”.

 Uma delas mostrava-se familiar, e apesar de não fazer parte desta “tchurma” concluí que poderia ser uma típica 125 cc -,…

…no entanto a outra, parecendo zombaria, contentou a tão só ofertar seu certificado de existência.

(era impossível medir a sua robustez de tão “imensa”)

Tentem idealizar com a própria cobiça encarnada…

(aquela “moto gigante” que acredito ser o “desejo” de qualquer motociclista juramentado)

 Colossal…

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Boas práticas para a construção de ciclovias

Diversas cidades tendem, com a mudança de paradigma que valoriza os modos ativos em detrimento dos modos motorizados, a cada vez mais fazerem investimentos substanciais em ciclovias e outras formas de promoção da mobilidade em bicicleta. Todavia, dada a patente inexperiência de muitas cidades sobre esta matéria, os resultados acabam por ser mais prejudiciais que benéficos, pois tendem a acentuar conflitos entre modos ativos de mobilidade, mormente entre pedestres e ciclistas urbanos, visto que muitas ciclovias têm sido construídas sobre o espaço pedonal ou roubando espaço ao modo pedonal.

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A EDUCAÇÃO para o TRÂNSITO. Mas o que é “Educação”?

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A palavra origina-se do latim “education” que seria algo como o ato de administrar, orientar, formar, causar…

A “Educação” – em suas bases conceituais – é um processo entre alguém que educa e aquele outro que é educado. Mas podemos até ousar por vezes naquela “carreira solitária”, isto é, educando a nós mesmos.

(somente observando o que rodeia não deixando as nossas percepções distorcidas enganarem)

Assim como a escola não é o único lugar em que há educação, professores e alunos também não são os únicos atores desta rede complexa. Mas…, deixem-me expandir meus argumentos.

Os gregos na antiguidade educavam suas crianças (no caso somente os meninos) para torná-los bons cidadãos, apostando na certeza de que a sua comunidade seria mais forte se o indivíduo que aprendesse integralmente, no futuro, sem dúvida, desenvolveria os seus melhores talentos.

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Você “cidadão”, atravessa a via utilizando a faixa de pedestres?

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Dizem que na Alemanha a população só cruza a faixa de pedestres
quando o sinal fica verde para estes…

…e isto é praxe,
até mesmo quando não há tráfego visível de veículos.

Particularmente tenho de “bom gosto” plagiar os inventores do “chucrute”…
…mas isto tem “parido” situações bem fora do contexto.

Esses dias na calçada de determinada via de acesso na capital gaúcha
esperava que o sinal ficasse verde,
para cruzar – não tão despreocupadamente – na faixa de pedestre…

…de repente,
e não mais que de repente, um jovem parou ao lado…

Como a desconsiderar minha vigília,
olhou os dois sentidos da via, e como ainda não havia veículos na proximidade,
deu uma de “filho desobediente” e lascou a frase:
– O senhor pode vir, não vem vindo nada!

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Quer um “veículo” a DIESEL?

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Minha sensibilidade tende a desaparecer, ante a fria, escura e viscosa pergunta…

…e assim – mesmo sabendo que estou gerando inimizades mortais,
digo que o “veículo a diesel”, apesar de assumir a personalidade de prestígio e encantamento, francamente “ele” representa um crime…

Crime, de quem permite a sua elaboração, de quem os produz, de quem os adquire, e principalmente daqueles que o utilizam…

(Honesto exemplo de “paralisia criativa”)

Sabemos que o “óleo diesel” move o Brasil, assim como certos países andinos também são movidos pela produção do arbusto Erythroxylum coca – de onde se extrai a cocaína.

(Não estaremos então infectados do “imobilismo moral”?)

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Você “acredita” nas ESTATÍSTICAS do TRÂNSITO?

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Creio que devem existir mais informações por trás do valor indicativo de mortes, que envolvem os acidentes no trânsito brasileiro, do que aquele simples e frio número apresentado anualmente.

Gostaria de enfatizar, que a maioria dos casos avaliados como acidentes, são na realidade casos “óbvios” de imprudência.

(Então o equívoco já começa por aí). Mas voltando a origem…

 Por vezes questiono:

– Qual a efetividade desses “termômetros numéricos” para com a situação viária brasileira?

– Será que os formuladores de políticas públicas e a sociedade saberão abraçar ações desafiadoras para conter os diversos motivos que alicerçam estes dados?

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