Minha intimidade com as “bicicletas”, sempre fizeram morada, numa formidável nuvem de fumaça branca.
Quando jovem, na adolescência, sempre as mantive como a “olhar de longe”, na esperança de que seria bastante fácil, evitar certos dissabores.
Alguns podem até pensar que seja preconceito, mas sou humilde ao dizer que sempre as amei platonicamente.
E confesso com honestidade que gosto de ver os ciclistas dando-se ao luxo de pedalar por ai sem ter que achar alguma coisa…
Simplesmente pedalando.
E , é isso que parece que estão a fazer…
…somente pedalando!
Mas todos sabem que o mundo das regras existe…
E elas existem, com o objetivo fundamental de florescer às exceções.
Os exemplos seriam numerosos, mas quero aqui unicamente chegar ao nó de determinada questão.
Muitos dizem que: – “O ciclista é cuidadoso no trânsito”.
Claro, que não desejo espalhar energia negativa pelo mundo, e nem transitar pelo realismo ingênuo.
O que desejo sim, é transcrever uma situação, que se torne uma discussão desapaixonada e racional.
Mas vamos aos fatos…
Em plena Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, vi com meus próprios olhos e ninguém contou…
Um andarilho… um andarilho sobre duas rodas, a trafegar pela via principal.
Pedalando, pedalando, pedalando…
Bem, até ai algo aparentemente muito simples.
Pedalando, e simplesmente a desconsiderar os “xingões” e os gestos obscenos daqueles que o viam passar, ou o ultrapassavam…
…verdadeiramente ignorando o “rebuliço” que ocasionava,
tanto aos automóveis quanto aos ônibus.
O solitário homem sobre a sua “bike”, parecia estar em um lugar de liberdade e libertinagem…
… pedalando, como que a tratar do seus próprios negócios, e a desconsiderar sua atitude francamente perigosa.
Sim, a transitar no meio da “avenida”, de forma provocativa e bem-humorada, misturado ao trânsito caótico e intenso.
E assim seguia “mundão” afora, parecendo ser impulsionado exclusivamente por forças fisiológicas incontroláveis.
Mas falando com mais rigor, sabemos que não são raros os casos de transgressões
dos ciclistas no trânsito de Porto Alegre.
Concordam?
– Cruzam sinais fechados para “eles” em suas bicicletas;
– Andam velozmente pelas calçadas;
– Transitam sem os equipamentos obrigatórios (os seus e os da bike);
– Não obedecem as placas de sinalizações e nem as faixas de pedestres…
Bem, e por ai se vão mais algumas traquinagens, que tomo a liberdade de não relatar.
Como sabem a educação não somente se faz com livros, mas também com o adquirir de novos hábitos.
Então, invoco aos leitores ciclistas, que assumam sua porcentagem nestes “direitos autorais”, e que passem a engajar-se nesta breve sentença de conteúdo moral.
Pensem que há muitas forças psicológicas e emocionais interligadas em ação…
…então generosamente “acolham” a frase a seguir:
– “Eu, fulano de tal (diga o seu nome em voz sumida), prometo ser obediente às regras de trânsito, cabíveis a mim e a minha bicicleta”.
Disse!? Pronto, você já está batizado.
E que isto não seja considerado lúcido demais e nem ocasione estresse ou indignação, mas sim prazer e alegria para todo e qualquer cidadão.
(E isso inclui você)
E desta maneira oferto um carinhoso mas forte abraço…
…abraço este, do tamanho das “ciclovias/ciclofaixas” de Porto Alegre, tanto aos ciclistas desta capital, como do mundo.
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